Coincide com o final do séc. XIX, a grande vontade dos tondelenses em criar uma banda de música!
Certo é que, anteriormente (séc. XIX), existia uma banda na vila de
Tondela, denominada Banda 14 de Maio, a qual foi extinta para lamento
dos tondelenses, uma vez que existiam mais 6 bandas filarmónicas neste
concelho: em Tonda, Couço, Castelões; Mosteiro, Molelos (2).
Segundo notícia do Jornal ATALAIA DE BESTEIROS, de 09/11/1890, um grupo de cavalheiros predispuseram-se a fazê-la ressurgir.
Passados, 12 anos, em 1902, um grupo de tondelenses, fundaram a nossa banda, A Sociedade Filarmónica Tondelense!
Foram eles:
António Antunes do Vale,
José do Carmo,
João Cardoso Torres,
António José de Gouveia,
Joaquim Pereira dos Santos,
Joaquim Antunes do Vale,
Manuel Cardoso,
José Gonçalves da Rosa,
Aníbal Cunha de Almeida,
Camilo de Albuquerque,
Virgílio Soares,
João de Matos,
António Rodrigues,
António Pereira Marques,
Bernardino de Mattos,
Elipio de Figueiredo Ferreira,
José Basílo,
António Lopes Cardoso,
António Joaquim Mamede,
Elvira Barbosa Marreca,
António Gonçalves da Rosa,
José de Figueiredo Ferreira e
Bernardo Marques Motta.
O 1º. Presidente foi o Sr. Aníbal Cunha de Almeida.
Foi seu 1º. Maestro, o Sr. António Gonçalves Rosa, alfaiate na Vila de
Tondela (conforme se pode ler no Jornal “Correio de Besteiros”, nº. 113,
em 24/08/1902).
Os Srs. António Antunes do Vale e José do Carmo,
cederam à banda um clarinete e um cornetim, pelo preço de 13.500 reis;
ou seja; 13 escudos e cinquenta centavos, e actualmente, menos de 7
cêntimos!!!
Durante 6 anos, abrilhantaram diversas festividades populares e religiosas.
Entretanto, em 1908 e uma vez que não havia músicos suficientes para
manter uma banda filarmónica, atenta a grande proliferação de bandas
filarmónicas no nosso concelho, e a saída de seu maestro de Tondela (de
acordo com notícia publicada no Jornal “A Evolução”, nº. 4, de
06/11/1914), foi suspensa a sua actividade, dando lugar, então, à TUNA
TONDELLENSE!
Esta tuna abrilhantava bailes, peças teatrais e actividades circenses.
Entre outras peças, tocavam: polkas, tangos e valsas.
Em 1920, quando era reitor da vila de Tondela, o Sr. Dr. António Maria
Cardoso, Ilustre Advogado e amante da arte musical, reapareceu uma
grande vontade de voltar a reactivar a banda filarmónica e, nesse
sentido, foram aliciados 3 grandes músicos de uma das bandas de Molelos:
os irmãos Ribeiro de Azevedo – o Joaquim, o António e o João, a quem
foi prometido e conseguido empregos como guarda-fios e guarda-rios.
Dos três irmãos atrás referidos, um deles vai se destacar pelo seu
sentido de liderança, dedicação e sabedoria: JOAQUIM RIBEIRO DE AZEVEDO!
Com diversos músicos de Tondela, de Molelinhos, do Botulho, de Tonda e
de outras localidades vizinhas, recativou-se assim, em 20 de Maio de
Maio de 1920, em grande plano, a Sociedade Filarmónica Tondelense.
No reportório da altura, destaca-se a grande variedade de paso dobles
ainda hoje executados por grandes bandas nacionais e estrangeiras, como
por exemplo: “El Gato Montez”, Hespaña Cañi”, “Ecos Españoles”,
“Suspiros de Hespaña”; “Geralda”, “Gallito”, “La Graça de Dios”, Esse Es
El Mio”….
Rejubilando com o êxito da sua banda, a Vila de Tondela,
logo decidiu (e com os poucos recursos da época), construir no Jardim
Público da Vila, um lindo corêto, todo ele em granito e com cobertura
metálica.
Durante décadas, a banda de Tondela e outras que faziam
questão em exibir-se na nossa Vila, deliciaram os Tondelenses com
melodiosos concertos, nas noites quentes de Verão ou nas tarde de
Domingo.
Passados 10 anos de direcção musical do Sr. Dr. António
Maria Cardoso verifica-se a impossibilidade do mesmo, assiduamente,
dirigir a filarmónica.
Foi então convidado, em 01 de Janeiro de
1930, o Sr. Júlio Fontes, conhecido Professor Primário. O mesmo aceitou
mediante uma remuneração mensal de 250$00!!
Ora, cedo se percebeu que a nossa banda não podia suportar tremendo salário para a época!
É aqui que nasce uma lenda para os tondelenses:
Assume a regência da banda, o seu melhor elemento: JOAQUIM RIBEIRO DE AZEVEDO!
Começa, então, momentos de grande euforia e qualidade musical.
No Jornal “NOTICIAS DE TONDELA”, de 5/6/1931, podia-se ler: “A
Sociedade Filarmónica Tondelense continua sendo a melhor banda civil do
Distrito.”
Nesse mesmo jornal, em 5/9/1931: “Música no Jardim – … a
maior parte dos executantes da Sociedade Filarmónica Tondelense são de
fora da sede do concelho, homens que têm as suas obrigações de sol a
sol, no árduo trabalho dos campos.”
Chegados ao ano de 1935, acontece um episódio infeliz e que hoje seria impossível:
A banda foi contratada para tocar na Festa do Calvário, na Lageosa do
Dão, e segundo reza a imprensa daquele tempo, a nossa banda, TOCOU TODA A
NOITE, SEM CONTA, SEM PESO E SEM MEDIDA!
Resultado: O Bispo de Viseu, D. José da Cruz Moreira Pinto, decide excomungar a Sociedade Filarmónica Tondelense!
Ficou proibida de se exibir em festividades religiosas e todos os seus
elementos foram inibidos de qualquer acto religioso, nomeadamente
baptizados e visitas pascais!!!
Outras bandas passaram a exibir-se na Vila de Tondela, nomeadamente no feriado de Santa Eufémia.
Que tremenda injustiça e humilhação, agravada com o facto de a maior
fonte de receita ficar prejudicada. Não fosse a determinação dos seus
dirigentes, do seu dedicado maestro e dos seus executantes e teria sido
assinada a sentença de morte da nossa filarmónica.
Só passados, 19
anos!!!! Em 17/06/1954, aquando do Cortejo de Oferendas para construção
do Hospital de Tondela (conforme fez questão de escrever na partitura o
Sr. Joaquim Ribeiro de Azevedo), a banda voltou a tocar numa procissão!
Foi levantada a brutal e absurda excomunhão. A Banda tocou, então, a
marcha solene GRANDIOSA!
Em 1959, a banda volta a tremer! Tem
falta de músicos e poucos recursos para comprar fardamentos. Era seu
presidente, o Sr. António de Matos Silva.
Convidada para participar
no Concurso Nacional de Bandas Civis, o dedicado Maestro prepara a banda
para tal certame. A peça que serviria de exame e outras que iriam ser
executadas já foram encontradas e já se recuperaram. Mas, para tristeza
daquele Maestro, a direcção decide não participar por um simples motivo:
Falta de fardamento condigno!
O desgosto do devotado maestro deve
ter sido enorme, tanto mais que, passados 40 anos após a sua morte,
ainda foi encontrado na sua mesinha de cabeceira o livro que descreveu
como decorreu tal concurso onde ele tanto ambicionou e merecia estar.
Em 1961, é criada a Comissão “Pró-Arte”, com o objectivo de angariar
fundos para a compra de novo fardamento. Foram seus elementos: António
Luís Nunes, António Neves, Arnaldo Henriques, Armelim do Carmo, Afonso
do Carmo, Henrique de Jesus, José Cilio Vale, Jorge do Carmo e Luiz
Coimbra.
Em 1/12/1962, a direcção decide dar um louvor ao Maestro:
“Seja-nos permitido, mais uma vez, destacar aqui, a acção do nosso
querido e amigo, Sr. Joaquim Ribeiro de Azevedo, que tem emprestado a
esta colectividade o melhor do seu saber e do seu interesse, sem o que a
nossa filarmónica, estamos certos, não teria tido vida. A ele o nosso
bem haja”.
Em 1965, era Presidente da direcção, o Sr. Arnaldo
Pessoa, a banda recebe um grande donativo. Um tondelense, de nome Albano
Henriques, não se esquece da filarmónica tondelense e, em seu
testamento, lega-lhe a quantia de 50.000$00.
Com esta quantia,
avultada para a época, a filarmónica decide fazer estudo com vista à
construção de duas casas geminadas nos terrenos doados à Santa Casa da
Misericórdia pela família Cardoso de Matos. A intenção era a aplicação
daquela verba de forma a que produzisse rendimentos nos anos vindouros.
Não passou de mera intenção. Com a falta de recursos financeiros para
compra de fardamentos e recuperação de instrumentos, tal montante foi
sendo utilizado para esses fins até se esfumar na conta bancária.
Chegada à década de 1970, a banda decide criar 3 escolas de música: em Tondela, em Molelos e em Lobão da Beira.
Em Tondela, era professor o Sr. Maestro Joaquim Ribeiro de Azevedo; em
Molelos, o Sr. António Marques Ribeiro (mais conhecido por Duque de
Molelos o qual foi fundador da SMIR); em Lobão da Beira, o Sr. Júlio
Ferreira Lopes.
Esta década de 70, vai trazer episódios trágicos para a nossa banda:
Em 22 de Agosto de 1972, aos 78 anos de idade, quando se dirigia a casa
do secretário da filarmónica, Sr. Joaquim Duarte Pereira (Zé Beirão),
conduzindo a pequena motorizada que a própria banda lhe tinha oferecido
para as suas deslocações, o maestro Joaquim Ribeiro de Azevedo é vítima
de um infeliz acidente de viação.
A triste notícia corre rápido na vila de Tondela: “Morreu o maestro Joaquim Ribeiro de Azevedo!”
Os tondelenses ficam chocados e a nossa banda perde o seu melhor e mais dedicado elemento, a sua trave mestra!
Esteve, assim, este Grande Senhor, mais de 50 anos ao serviço
constante, gratuito, permanente e diário, da sua e nossa banda
filarmónica, dando, até, aulas de música, em sua casa, a todos os jovens
que pretendiam aprender a arte musical.
Na assembleia geral de
24/02/1973 é decidido realizar uma homenagem ao devotado maestro, mas
tal homenagem nunca passou para além da colocação de uma simples lápide
no túmulo do mesmo.
Para dirigir a Filarmónica, a direcção decide
convidar o filho do falecido maestro, o Sr. António Henriques Pereira,
carinhosamente conhecido por “Tonito Ribeiro”, exímio executante de
requinta.
Não obstante não possuir as qualidades de seu pai, este Senhor consegue manter a filarmónica ao nível a que estava habituada.
O Tonito Ribeiro vinha de bicicleta do Tourigo para Tondela para poder ensaiar.
Quando assumiu a regência, a direcção da banda mandou consertar a
motorizada com que seu pai teve o fatal acidente, e ofereceu-lha!
Mas, o azar perseguia a Filarmónica Tondelense!
Por decisão lamentável do município de Tondela, é ordenado o
desmantelamento do coreto que se encontrava no jardim público de
Tondela, onde durante décadas, a nossa banda actuou para gáudio dos
tondelenses.
Vivia-se uma época em que não havia liberdade de
expressão e o povo tondelense, teve que “engolir em sêco” este infeliz e
injusto acontecimento.
Em 25 de Abril de 1974, dá-se a revolução dos cravos e é devolvida a liberdade a todos os portugueses!
Um grupo de tondelenses decide carregar os destroços do antigo coreto,
que se encontravam depositados no local onde ainda hoje se realiza a
feira semanal, e coloca-os de novo no lugar que lhe era devido.
Exigiram a reconstrução do nosso coreto!
Logo alguém decidiu fazer desaparecer tais destroços e, hoje,
encontram-se os mesmos espalhados por propriedades privadas e alguns
lugares públicos deste concelho.
Depois deste acontecimento, o
Jardim Público desta linda cidade, já foi remodelado duas vezes.
Posteriormente, foi construído este lindo parque urbano, e a nossa
banda, a única existente no concelho de Tondela, anda há mais de 40 anos
a tocar no chão!
Mas voltemos à direcção musical.
Em 1977, morre vítima de cancro o Tonito Ribeiro.
A Banda, em pouco tempo, fica órfã de dois dos seus mais dedicados elementos e dedicados maestros.
Segue-se um período conturbado em que a banda é dirigida por vários
regentes convidados, chegando a vir de Lisboa, propositadamente para o
fazer, outro antigo executante e apaixonado pela sua banda, o saudoso
tondelense, Sr. Felício do Carmo Ferraz.
É eleito Presidente da
direcção o Sr. António do Carmo Gonçalves (António Sobela) que imprimiu à
instituição uma dinâmica de rigor, trabalho e disciplina.
Contrata o Sr. Fernando Aires, Sargento reformado do exército português e residente em Lobão da Beira.
Começaram a aprender musica as primeiras raparigas, corria o ano de 1977.
Grande número de jovens acorreu à banda onde lhes foi ministrado o ensino musical.
Em 1980 foi inaugurado um novo fardamento e, logo de seguida, um novo
instrumental, ambos oferecidos pela Câmara Municipal de Tondela,
presidida pelo Sr. Dr. António Tenreiro da Cruz.
A banda viveu fase de grande fama, sendo convidada para actuações em todo o país, elevando e honrando o nome de Tondela.
Destacam-se alguns concertos memoráveis: Jardim da Estrela, Pavilhão dos Desportos, Seia e Resende, entre outros.
Alternando peças clássicas como INGLESINA, LA LEGENDA DEL BESO, LAGO
MALDITO com rapsódias modernas, tais como TUDO SÃO CANTIGAS OU APERITIVO
POPULAR, a Sociedade Filarmónica Tondelense fez grandes e aplaudidas
exibições.
De 1982 a 1984, simultaneamente, existiu a ORQUESTRA
LIGEIRA DA SOCIEDADE FILARMÓNICA TONDELENSE, que fez algumas exibições
em Tondela e arredores, executando números como: ROCK VIRUTA, ONDE OF
US, YESTERDAY, SERENATA DE SHUBERT….
Em 12/12/1982, morre subitamente, o Presidente da Direcção, António Gonçalves do Carmo.
Pouco tempo depois, é eleita para o substituir, a filha daquele, a Srª.
Drª. Lisete Henriques Gonçalves que, em memória a seu pai, dirige com
dedicação a filarmónica, tendo como principal objectivo concretizar o
sonho de seu progenitor: dotar a Sociedade Filarmónica Tondelense de uma
sede própria.
Em meados dos anos 80, é convidado para maestro o Sr. José Manuel Duque, músico da Banda da Policia de Segurança Pública.
Passou a banda a executar peças musicais preferencialmente de música
ligeira, tendo introduzido, na banda, a bateria tal e qual como a
conhecemos hoje, e com grande agrado do público tondelense que, até aí,
não estava habituado a esse tipo de música.
Durante mais de 90 anos a Filarmónica esteve sediada em, pelo menos, três casas emprestadas.
Aproveitando a doação de um terreno na antiga Quinta da Mata, pelo Sr.
Dr. Adriano Cardoso, saudoso benemérito desta cidade, a Sociedade
Filarmónica Tondelense decide construir a sua própria sede.
Em
07/04/1993 e, uma vez que a nossa banda não possuía os fundos
necessários para ultimar a obra já iniciada, protocola com a Câmara
Municipal de Tondela, presidida pelo Sr. Dr. António Tenreiro da Cruz, a
continuação da mesma, a ser custeada pelo município, ficando este a
usufruir do auditório ali construído e das casas de banho anexas, mas só
no caso de a própria filarmónica deles não necessitar.
Hoje
mantém-se uma dúvida: É a sede da banda que está no Auditório Municipal
ou é aquele que se encontra dentro da sede da Sociedade Filarmónica
Tondelense?
Não poderia aquele edifício ter na sua fachada
principal, como acontece em todos os lugares do mundo, um símbolo, uma
clave de sol, uma lira, que sinalize que ali está sediada uma
instituição centenária que, sem fins lucrativos ministra o ensino da
arte musical? Responda quem souber!
Hoje, a nossa banda é dirigida
pelo jovem e talentoso Maestro, Mário Meireles Cruz, natural de Santa
Comba Dão e a quem se augura um grande e promissor futuro na direcção
musical.
Em conclusão: A Sociedade Filarmónica Tondelense existe
desde 1902, tendo vindo a divulgar a arte musical e honrando o nome de
Tondela, da sua cidade e do seu concelho há mais de 100 anos!
Tem
sobrevivido através da dedicação dos seus directores, dos seus maestros
executantes e sócios; de alguns beneméritos, nos quais destacamos a
família Cardoso de Matos, o Sr. Albano Henriques e o Sr. Dr. Adriano
Cardoso.
De realçar, também, que sem o apoio que, ao longo destes
últimos 35 anos, tem recebido do município, seria quase impossível a sua
sobrevivência.
Mas a cidade de Tondela está em dívida para com sua
única banda filarmónica: Outras associações desta cidade, mais novas, já
foram alvo de homenagens, atribuindo-lhe nomes de ruas ou pracetas,
como os Bombeiros Voluntários de Tondela, o Clube Desportivo de Tondela e
a ACERT.
Estou convicto que, num futuro bem próximo, a cidade de
Tondela, homenageando todos os fundadores, directores, maestros,
executantes e sócios desta centenária colectividade, irá atribuir o nome
da SOCIEDADE FILARMÓNICA TONDELENSE, a uma das artérias desta cidade e
seja, de novo, erguido um coreto para que a banda possa voltar a
deliciar os tondelenses com regulares exibições, sem que tenha de usar o
chão como palco!
Por Francisco Coutinho.
sexta-feira, 31 de janeiro de 2014
quinta-feira, 30 de janeiro de 2014
António Quadros - Pintor e escritor de Santiago de Besteiros.
António Augusto Melo Lucena Quadros, criador dos heterónimos João Bernardo Grabato Dias, Ioannes Garabatus e de Mutimati Barnabé João, nasceu a 9 de julho de 1933, em Santiago de Besteiros.
De uma família de médios proprietários rurais, António Quadros frequentou a Escola de Belas-Artes de Lisboa, tendo sido transferido, posteriormente, para a Escola de Belas Artes do Porto, onde se diplomou em Pintura com a tese Óleo sobre Tela de Serapilheira, em 1961. Nesta mesma escola exerceu o cargo de docente, como convidado. Em 1958 e 1959, vai para a Escola de Belas-Artes de Paris, onde cursou Gravura e Pintura a Fresco, como bolseiro da Fundação Calouste Gulbenkian.
Expôs individual e coletivamente em Portugal, Moçambique, Paris, Barcelona, Génova, S. Paulo, Lugano, Roma, Pretória, Durban, Bruxelas, Hanôver e Madrid. Ganhou vários prémios dos quais se destacam Prémio da Crítica (1969), de Paris, e o Grande Prémio da Fundação Calouste Gulbenkian (1958/59). As suas pinturas fazem parte da coleção permanente da Fundação Calouste Gulbenkian e de particulares, nacionais e estrangeiras.
Influenciado por Picasso, Chagall, pintores mexicanos e surrealistas latino-americanos, António Quadros fez abordagens picturais que vão desde o imaginário fantástico rural às figuras grosseiras de olaria de Barcelos, local onde descobriu Rosa Ramalho, até então desconhecida.
No início dos anos 60, desencantado com o regime ditatorial e o com o conformismo de Portugal, o pintor parte para Moçambique onde lecionou no secundário e na Universidade de Mondlane, em Maputo.
Surge, então, o primeiro dos seus heterónimos, João Pedro Grabato Dias, que publicou, em 1970, o primeiro livro: 40 e Tal Sonetos de Amor e Circunstância e Uma Canção Desesperada. Seguiram outros, como A Arca - Ode Didática na Primeira Pessoa. Tradução do Sânscrito Ptolomaico e Versão Contida do Autor (1971), Meditação, 21 Laurentinas e Dois Fabulírios Falhados (1971), Facto/Fado. Pequeno Tratado de Morfologia. Parte VII (1985), Sete Contos para um Carnaval (1992). Em 1971, Grabato Dias, juntamente com Rui Knopfli, cria a revista Caliban, em sequência do período de luta armada que rejeitava quaisquer edições associativas.
No começo da década de 70, António Quadros cria outro heterónimo, um poeta quinhentista, Ioannes Garabatus que escreveu uma epopeia satírica e de sentimento anti-epopeico, com 11 cantos e 1180 estâncias, As Quybyrycas. Poemas éthyco em outavas, que corre sendo de Luís Vaaz de Camões em Suspeitíssima Atribuiçon (1972).
Numa fase mais revolucionária, António Quadros dá nascimento a um outro heterónimo, Mutimati Barnabé João, um guerrilheiro morto em combate ao lado do qual se encontra um livro de vinte e sete poemas, Eu, O Povo (1975), que corporiza a voz coletiva do povo moçambicano ansioso de liberdade. Esta obra serviu de canção a Zeca Afonso para quem António Quadros colaborou como letrista, assim como para Amélia Muge.
Para além de escritor e pintor, Quadros torna-se um especialista em apicultura, descobrindo mesmo uma nova abelha; regista, com precisão antropológica, os costumes das diferentes etnias de Moçambique; ajuda a fundar a Faculdade de Arquitetura moçambicana; conhece o pintor Malangatana Valente, na altura desconhecido, a quem ensina várias técnicas de pintar, desde a gravura até às formas mais complexas e eruditas. Embora português, Quadros contribuiu muito para a Arte e Literatura Moçambicana.
Em 1983, António Quadros regressa a Portugal, onde não sendo aceite na Escola de Belas-Artes do Porto, vai lecionar Desenho para a Faculdade de Arquitetura do Porto. Numa passagem pelo Algarve, em Porches, fez cerâmica e pintura e, mais tarde, lecionou Desenho no polo de Viseu do curso de Arquitetura da Universidade do Porto. Faz, ainda, algumas exposições coletivas e uma individual, em Viseu e Lisboa, respetivamente, e experimenta, numa atitude inventiva e imaginativa, desenhos com o rato do computador.
António Quadros morreu em casa, em Besteiros, em 1994 .
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José Homem Correia Teles - (1780 - 1849). Grande Jurista de Santiago de Besteiros.
Nasceu em Santiago de Besteiros. Licenciou-se em Cânones pela
Universidade de Coimbra em 1800 e advogou em Tondela, iniciado pelo seu
pai. Desempenhou as funções de Juiz de Fora, na Figueira da Foz,
Desembargador da Relação do Porto e Sócio Honorário da Associação dos
Advogados de Lisboa. Foi ainda superintendente das obras da barra de
Aveiro (1927). Foi deputado em quatro legislaturas, a primeira
das quais nas CGECNP, em que representou o distrito de Aveiro. Foi
autor de um Projecto de Código de Processo Penal (1840) e, antes, terá
participado na elaboração de um Projecto de Código Civil (1827/28).
Faleceu em Estarreja e está sepultado em Beduído. Logo em 1824 publicou
um "Comentário Critico da lei da boa razão em data de 8 de Agosto de
1769", Lisboa, Tip. de M. P. de Lacerda, 1824. A sua obra principal,
erudita e muito reputada, é o "Digesto portuguez ou tratado dos direitos
e obrigações civis, accomodado às leis e costumes da Nação Portugueza
para servir de subsidio ao novo codigo civil", Imp. da Universidade,
1835, embora escrita, provavelmente, na segunda metade da década de
vinte. Sobre ele, Viriato de Faria Blanc escreveu, Elogio histórico do
Doutor José Homem Correia Teles, Lisboa, Typ. da Silva, 1849 .
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quarta-feira, 29 de janeiro de 2014
Último morgado de Molelos - António Vieira de Tovar de Magalhães e Albuquerque.
Último morgado de Molelos - António Vieira de Tovar de Magalhães e Albuquerque.
Nasceu a 19-8-1838, no Paço de Molelos, onde faleceu a 03-05-1920. Foi 2º visconde de Molelos por autorização de D. Miguel no exilio, que na mesma situação lhe fez mercê de conde do mesmo titulo, 13º morgado de Molelos, senhor das honras de Molelos, Botulho, Folhadosa e S. Romão (em Seia), Bacharel em Direito, sucedeu em toda a casa de seus pais. A sua única filha, que faleceu muito nova, está sepultada na capela do morgado, na Igreja de São Pedro de Molelos.
Deixou
parte da sua herança para a constituição de um asilo de meninas órfãs
em Molelos, mas como não as havia, à altura da sua morte, todos esses
bens foram vendidos a pessoas estranhas à família pelos
testamenteiros. O valor da venda foi aplicado na construção do
Hospital (velho) de Tondela.
Está sepultado junto da família na sua capela no cemitério da Folhadosa.
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Pintura
Francisco de Paula Vieira da Silva Tovar - 1º Visconde de Molelos.
Francisco de Paula Vieira da Silva Tovar - 1º Visconde de Molelos.
Filho de Jerónimo Vieira da Silva Tovar.
Nasceu a 08-02-1774 no Paço de Molelos, e faleceu na sua casa da Folhadosa, Seia, a 07-12-1852.
Primeiro barão e primeiro visconde de Molelos, 9º morgado de Molelos, senhor das Honras de Molelos e Botulho, Moço Fidalgo com exercício no Paço , do Conselho de Sua Majestade, comendador das Ordens de São Tiago e Torre-Espada. Condecorado com a Cruz de Campo Nº 3 da Guerra Peninsular, deputado às cortes de 1821 e 1822, Ajudante General do Exército de Observação na Guerra da Restauração contra os franceses, Secretário Militar do Infante D. Miguel, Comandante em Chefe do Exercito em 1823, Governador das armas da Beira e Brigadeiro do Exército. Sucedeu nos senhorios e casa de seu pai a 30-07-1818 . Iniciou a sua carreira militar alistando-se, em 1795, no Regimento de Cavalaria de Almeida, e na qualidade de cadete foi estudar para a Universidade de Coimbra onde se formou em Matemática e Filosofia, sendo estudante premiado.
Passou à condição civil, pela dissolução do exercito ordenada pelo general Junot. Ao estalar, em 1808, a sublevação geral contra os franceses, assumiu o lugar de ajudante do governador das armas da província da Beira. O General Bacelar (depois visconde de Montalegre) nomeou-o seu Chefe do Estado Maior, tendo como missão vigiar a marcha de Loison . No final das Guerras Peninsulares foi nomeado tenente-rei da praça de Almeida e agraciado com o titulo de barão em recompensa pelos seus serviços .
Aderiu aos princípios da revolução de 1820 e fez parte da Junta do Governo Provisório, como Ministro dos Negócios Estrangeiros , sendo eleito deputado às cortes constituintes de 1821 e 1822. Tinha o posto de Brigadeiro e foi nomeado Governador das Armas da Beira Baixa, mas não chegou a ocupar este cargo por ter tomado o partido de D. Miguel depois da revolta conhecida por "Vila-Francada". Foi por ele nomeado secretário, quando este exerceu o comando geral do Exército. Já era visconde de Molelos quando, foi proclamada a Carta Constitucional, à qual ele se opôs assumindo a presidência da Junta Absolutista da Guarda, entrando em campanha contra a forças do conde de Vila Flor (depois duque da Terceira). Derrotado por este em Coruche refugiou-se em Espanha de onde só voltou depois da aclamação de D. Miguel como rei.
Era o capitão-general do Algarve quando as forças do duque da Terceira desembarcaram em Cacela, naquela província. Frustradas as tentativas de resistência miguelista no Algarve, o Visconde de Molelos avançou para Beja onde ocorrera um levantamento a favor de D. Pedro e da Carta. Embora tivesse dominado a sublevação, deixou livre o caminho para as tropas liberais avançarem sobre Lisboa, que ocuparam a 24-07-1833. Surpreendido com a noticia quando chegou a Setúbal, só conseguiu passar o Tejo em Valada do Ribatejo, para se reunir com a restante guarnição absolutista, já expulsa de Lisboa.
A derrota do exército absolutista e a convenção de Evoramonte foram o final da sua carreira militar e politica, tendo passado os seus últimos tempos na sua casa da Folhadosa.
Filho de Jerónimo Vieira da Silva Tovar.
Nasceu a 08-02-1774 no Paço de Molelos, e faleceu na sua casa da Folhadosa, Seia, a 07-12-1852.
Primeiro barão e primeiro visconde de Molelos, 9º morgado de Molelos, senhor das Honras de Molelos e Botulho, Moço Fidalgo com exercício no Paço , do Conselho de Sua Majestade, comendador das Ordens de São Tiago e Torre-Espada. Condecorado com a Cruz de Campo Nº 3 da Guerra Peninsular, deputado às cortes de 1821 e 1822, Ajudante General do Exército de Observação na Guerra da Restauração contra os franceses, Secretário Militar do Infante D. Miguel, Comandante em Chefe do Exercito em 1823, Governador das armas da Beira e Brigadeiro do Exército. Sucedeu nos senhorios e casa de seu pai a 30-07-1818 . Iniciou a sua carreira militar alistando-se, em 1795, no Regimento de Cavalaria de Almeida, e na qualidade de cadete foi estudar para a Universidade de Coimbra onde se formou em Matemática e Filosofia, sendo estudante premiado.
Passou à condição civil, pela dissolução do exercito ordenada pelo general Junot. Ao estalar, em 1808, a sublevação geral contra os franceses, assumiu o lugar de ajudante do governador das armas da província da Beira. O General Bacelar (depois visconde de Montalegre) nomeou-o seu Chefe do Estado Maior, tendo como missão vigiar a marcha de Loison . No final das Guerras Peninsulares foi nomeado tenente-rei da praça de Almeida e agraciado com o titulo de barão em recompensa pelos seus serviços .
Aderiu aos princípios da revolução de 1820 e fez parte da Junta do Governo Provisório, como Ministro dos Negócios Estrangeiros , sendo eleito deputado às cortes constituintes de 1821 e 1822. Tinha o posto de Brigadeiro e foi nomeado Governador das Armas da Beira Baixa, mas não chegou a ocupar este cargo por ter tomado o partido de D. Miguel depois da revolta conhecida por "Vila-Francada". Foi por ele nomeado secretário, quando este exerceu o comando geral do Exército. Já era visconde de Molelos quando, foi proclamada a Carta Constitucional, à qual ele se opôs assumindo a presidência da Junta Absolutista da Guarda, entrando em campanha contra a forças do conde de Vila Flor (depois duque da Terceira). Derrotado por este em Coruche refugiou-se em Espanha de onde só voltou depois da aclamação de D. Miguel como rei.
Era o capitão-general do Algarve quando as forças do duque da Terceira desembarcaram em Cacela, naquela província. Frustradas as tentativas de resistência miguelista no Algarve, o Visconde de Molelos avançou para Beja onde ocorrera um levantamento a favor de D. Pedro e da Carta. Embora tivesse dominado a sublevação, deixou livre o caminho para as tropas liberais avançarem sobre Lisboa, que ocuparam a 24-07-1833. Surpreendido com a noticia quando chegou a Setúbal, só conseguiu passar o Tejo em Valada do Ribatejo, para se reunir com a restante guarnição absolutista, já expulsa de Lisboa.
A derrota do exército absolutista e a convenção de Evoramonte foram o final da sua carreira militar e politica, tendo passado os seus últimos tempos na sua casa da Folhadosa.
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Documento de venda da igreja de Molelos ao Mosteiro do Lorvão em 1 de Junho de 1101.
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Jerónimo Vieira da Silva Tovar
Jerónimo Vieira da Silva de Tovar, nasceu no Paço de Molelos em
06-10-1737, onde faleceu a 30-07-1818. Cavaleiro da Ordem de Cristo.
Foi Fidalgo da Casa Real, 8º morgado de Molelos, administrador da Capela
de D. Gil Alma no convento de São Domingos, em Lisboa, e dos morgados
dos Tovar e dos Vieiras da Silva, senhor das honras de Molelos e
Botulho. Governador Militar dos concelhos de Sabugosa e Besteiros na
Guerra Peninsular (contra os franceses) em que prestou muitos serviços.
Foi pai do 1º Visconde de Molelos.
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Inscrição em Portal de Pedra ,Paranho de Besteiros.
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Fonte de São Silvestre
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Capela privada em Falorca (Castelões)
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São Sebastião do Carvalhal de Tondela, festa de 26 de Janeiro de 2014.
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Monumento aos pedreiros de Saldonas.
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Heráldica do Paço de Molelos
Quebras de varonia no Paço de Molelos
Desde a instituição dos morgadíos que se criou o hábito de os bens
passarem sempre para o filho macho mais velho. Porém, por vezes
acontecia o casal só ter filhas, e o lugar de "chefe de família" vir a
ser ocupado pelo marido das ditas senhoras. Esta série de brasões
representa as pessoas que se uniram à família do paço de Molelos por
casamento, e como tal, se tornaram senhores de Molelos. Pintura a óleo
sobre madeira da autoria de Luís Ferros.
Brasão de Esteves da Veiga.
Do casamento, cerca de 1476, de Henrique Esteves da Veiga com Filipa Nunes de Azevedo, Filha de Fernão Nunes de Azevedo (ou Cardoso) Senhor de Molelos, Nandufe, Botulho, etc.
Do casamento, cerca de 1476, de Henrique Esteves da Veiga com Filipa Nunes de Azevedo, Filha de Fernão Nunes de Azevedo (ou Cardoso) Senhor de Molelos, Nandufe, Botulho, etc.
Brasão de Tovar
Do casamento a 04-11-1576 de Sancho de Tovar, com Ana da Veiga, filha de Henrique da Veiga e de Leonor Ortiz, senhores de Molelos.
Do casamento a 04-11-1576 de Sancho de Tovar, com Ana da Veiga, filha de Henrique da Veiga e de Leonor Ortiz, senhores de Molelos.
Brasão de Vieira da Silva.
Do casamento, cerca de 1670, de Martim de Távora e Noronha Vieira da Silva com Ana de Tovar, filha de Diogo de Tovar e Mécia de Sousa, senhores de Molelos.
Do casamento, cerca de 1670, de Martim de Távora e Noronha Vieira da Silva com Ana de Tovar, filha de Diogo de Tovar e Mécia de Sousa, senhores de Molelos.
Brasão de Fonseca Barata Henriques.
Do casamento de Manuel Barata de Lima Henriques da Fonseca Arnaut, a 19-01-1802, com Josefa Margarida Vieira de Tovar e Albuquerque, filha de Jerónimo Vieira da Silva de Tovar, e de Josefa de Melo Albuquerque e Menezes, senhores de Molelos.
Do casamento de Manuel Barata de Lima Henriques da Fonseca Arnaut, a 19-01-1802, com Josefa Margarida Vieira de Tovar e Albuquerque, filha de Jerónimo Vieira da Silva de Tovar, e de Josefa de Melo Albuquerque e Menezes, senhores de Molelos.
Brasão dos Condes de Felgueiras.
(Magalhães, Teixeira, Cunha e Coelho).
Do casamento, a 20-04-1912 , de António de Assis Teixeira de Magalhães e Menezes (Conde de Felgueiras) com Maria Barata Tovar Pereira Coutinho, herdeira das honras de Molelos e Botulho, por morte do último visconde de Molelos.
(Magalhães, Teixeira, Cunha e Coelho).
Do casamento, a 20-04-1912 , de António de Assis Teixeira de Magalhães e Menezes (Conde de Felgueiras) com Maria Barata Tovar Pereira Coutinho, herdeira das honras de Molelos e Botulho, por morte do último visconde de Molelos.
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São Sebastião de Molelos.
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Fonte no Botulho.
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Largo Dr. Armando Correia Teles, Santiago de Besteiros.
Esta lápide foi inaugurada a 08-05-2011.
Dr. Armando Antunes Correia Teles - Nasceu no Botulho a 21-03-1914, e faleceu em Lisboa a 23-10-1988. Era filho de Graciano Correia Teles, natural de Muna de Besteiros, e falecido no Botulho a 11-03-1928, e de sua mulher Maria da Anunciação Antunes Henriques, natural do Botulho.
Casou a 08-09-1945 em Muna, com Maria Judite Faria Correa Teles, que lá nasceu a 26-04-1924 e faleceu em Lisboa a 15-12-1994.
O Dr. Armando Correia Teles, estudou em Coimbra, onde terminou a sua licenciatura em medicina no ano lectivo de 1940/41 com um "Bom com distinção com dezasseis valores". Fez parte do Centro Académico de Democracia Cristã. Foi médico, e durante muitos anos presidente da Câmara Municipal de Tondela. Foi o grande impulsionador da industria avícola no concelho.
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segunda-feira, 27 de janeiro de 2014
Espigueiro e Janela, em Portela, Falorca de Castelões
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Data epigrafada em Portela, Falorca de Castelões.
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