quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

Francisco de Paula Vieira da Silva Tovar - 1º Visconde de Molelos.

Francisco de Paula Vieira da Silva Tovar - 1º Visconde de Molelos.

Filho de Jerónimo Vieira da Silva Tovar.
Nasceu a 08-02-1774 no Paço de Molelos, e faleceu na sua casa da Folhadosa, Seia, a 07-12-1852.
Primeiro barão e primeiro visconde de Molelos, 9º morgado de Molelos, senhor das Honras de Molelos e Botulho, Moço Fidalgo com exercício no Paço , do Conselho de Sua Majestade, comendador das Ordens de São Tiago e Torre-Espada. Condecorado com a Cruz de Campo Nº 3 da Guerra Peninsular, deputado às cortes de 1821 e 1822, Ajudante General do Exército de Observação na Guerra da Restauração contra os franceses, Secretário Militar do Infante D. Miguel, Comandante em Chefe do Exercito em 1823, Governador das armas da Beira e Brigadeiro do Exército. Sucedeu nos senhorios e casa de seu pai a 30-07-1818 . Iniciou a sua carreira militar alistando-se, em 1795, no Regimento de Cavalaria de Almeida, e na qualidade de cadete foi estudar para a Universidade de Coimbra onde se formou em Matemática e Filosofia, sendo estudante premiado.
Passou à condição civil, pela dissolução do exercito ordenada pelo general Junot. Ao estalar, em 1808, a sublevação geral contra os franceses, assumiu o lugar de ajudante do governador das armas da província da Beira. O General Bacelar (depois visconde de Montalegre) nomeou-o seu Chefe do Estado Maior, tendo como missão vigiar a marcha de Loison . No final das Guerras Peninsulares foi nomeado tenente-rei da praça de Almeida e agraciado com o titulo de barão em recompensa pelos seus serviços .
Aderiu aos princípios da revolução de 1820 e fez parte da Junta do Governo Provisório, como Ministro dos Negócios Estrangeiros , sendo eleito deputado às cortes constituintes de 1821 e 1822. Tinha o posto de Brigadeiro e foi nomeado Governador das Armas da Beira Baixa, mas não chegou a ocupar este cargo por ter tomado o partido de D. Miguel depois da revolta conhecida por "Vila-Francada". Foi por ele nomeado secretário, quando este exerceu o comando geral do Exército. Já era visconde de Molelos quando, foi proclamada a Carta Constitucional, à qual ele se opôs assumindo a presidência da Junta Absolutista da Guarda, entrando em campanha contra a forças do conde de Vila Flor (depois duque da Terceira). Derrotado por este em Coruche refugiou-se em Espanha de onde só voltou depois da aclamação de D. Miguel como rei.
Era o capitão-general do Algarve quando as forças do duque da Terceira desembarcaram em Cacela, naquela província. Frustradas as tentativas de resistência miguelista no Algarve, o Visconde de Molelos avançou para Beja onde ocorrera um levantamento a favor de D. Pedro e da Carta. Embora tivesse dominado a sublevação, deixou livre o caminho para as tropas liberais avançarem sobre Lisboa, que ocuparam a 24-07-1833. Surpreendido com a noticia quando chegou a Setúbal, só conseguiu passar o Tejo em Valada do Ribatejo, para se reunir com a restante guarnição absolutista, já expulsa de Lisboa.
A derrota do exército absolutista e a convenção de Evoramonte foram o final da sua carreira militar e politica, tendo passado os seus últimos tempos na sua casa da Folhadosa.

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